terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Montanha dos Sete Abutres

   Desculpem a demora para o fim do especial Billy Wilder, mas é que essa semana estou muito ocupado... Então, para dar uma compensada, o especial vai se extender com mais um post. O próximo filme vai ser uma história de decadência relacionado com um livro, que causou muita polêmica por mostrar o lado sujo da bebida.
   
   Mas, voltando ao assunto principal, a resenha do filme: 


   Em tempos onde o drama dos mineiros soterrados no Chile emociona a muitos, o filme A Montanha dos Sete Abutres foi largamente relacionado e recomendado. Tudo porque o repórter que se aproveitava da tragédia era muito comum aos repórteres verdadeiros de todo o mundo que foram no Chile, criando um circo em volta de toda a notícia.
   O filme se inicia com Charles Tatum indo buscar emprego em um jornal pequeno, em decorrência de ter sido despedido de vários outros e lá, ele é contratado, desde que prometa só falar a verdade.
   Concordando, mesmo contra a vontade, Charles passa um ano no jornal sem nada interessante o bastante para torná-lo um repórter de destaque, para ser contratado por outro jornal, o que era o plano inicial dele.
   Um dia, ao ir encher o tanque, ele descobre Leo Minosa, preso nos escombros de uma velha montanha, indo pegar antiguidades indígenas. Então, ele descobre sua verdadeira oportunidade, divulgando fatos sobre o homem preso e publicando várias reportagens sobre ele.


    Então, chegam várias pessoas dispostas a ficar lá até Leo sair, a ponto de montar um circo de verdade, com picadeiro e tudo, com direito a música a tudo (Lembram-se de "Já Estamos Chegando Leo", do outro post?)
   Mas por trás desse espírito de ajuda, vemos o cinismo por trás de todos. O lugar onde Leo fica se torna um acampamento, onde o restaurante local só lucra e a impiedosa esposa do soterrado, Lorraine, fica feliz com o rumo que o comércio está tomando enquanto o marido está lá preso.


   Enquanto isso, Charles combina com o arquiteto a fuga de Leo. Antes, com um plano simples, ela duraria só dezoito horas. Mas impressionado com as expectativas de sucesso, o repórter pensa em escavar por cima da montanha (chamada de Montanha dos Sete Abutres pelos indíos que viviam lá perto), o que duraria até seis dias.
   Desse modo, alianças vão se formando para que ele seja o único repórter a chegar perto da montanha e ele vai conseguindo mais sucesso a cada momento que passa.
   Mas será que o sucesso vale a pena quando a vida de um homem está em risco?

   Tudo isso constitui um filme incrível, realizado com a destreza de Billy Wilder e com uma história cada vez melhor.

Links para os outros post do especial:
Pacto de Sangue: http://docnm.blogspot.com/2010/09/pacto-de-sangue.html
Um Amor na Tarde: http://docnm.blogspot.com/2010/09/um-amor-na-tarde.html
Farrapo Humano: http://docnm.blogspot.com/2010/10/farrapo-humano.html
   
Não deixem de assistir e até o próximo post!
- Lucas

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Um Amor na Tarde

E aí, leitores? Gostaram do especial?
Se gostaram, que bom, porque aquele post foi só o começo.

Hoje, como falei no último post, é um filme com Audrey Hepburn. E, algo que não foi revelado, é com Gary Cooper também.

Como eu já havia dito no post de A Princesa e o Plebeu, é sempre esperado dos filmes de Audrey comédias românticas ou romances muito bons.
E esse não foge de como é caracterizado: uma comédia romântica.Mas ao invés de uma comédia romântica simples que vemos em qualquer lugar, Um Amor na Tarde é genial, dosando comédia e romance sem um exceder o outro.

No filme, somos apresentados a Claude Chavasse, um detetive especializado em casos de adultério e a sua filha, Ariane, estudante de música e que às vezes, para "tirar o pó" lê os arquivos do pai.
Ela se preocupa com a integridade do namorado da filha, mas tudo o que ela mais queria é viver uma aventura amorosa, como nos casos de adultério, onde são listados desde senhoras da sociedade que largaram tudo para amar até casos de um toureiro e uma jovem mulher que fugiram.
E então, quando Ariane escuta um dos clientes de seu pai dizer que mataria o maior Don Juan que vinha a Paris por causa de um caso com sua mulher, ela corre até o hotel onde ele se hospeda e ajuda a amante a fugir, conhecendo o Don Juan, que se chama Frank Flannagan.

Então, ela que só pode sair de casa a tarde, marca os encontros nesse horário, sem poder admitir para Frank que ele é seu primeiro amor.
Então, para marcar o fim da relação entre os dois, ele tem que voltar para Nova York, deixando uma desolada Ariane em Paris, com uma única lembrança dele, uma flor branca.

Bastante tempo depois, os dois se reencontram em uma ópera e voltam a sair juntos, mas dessa vez,a o invés de ficar impressionada e com inveja das histórias dele, ela começa a inventar vários amantes, fazendo ciúmes em um homem que nunca amou de verdade.

Enfim, não vou dar mais detalhes porque com certeza assistir o filme é melhor e eu não quero estragar a surpresa de ninguém.
O filme e muito bom, um romance imperdível com várias cenas hilárias e além de Billy Wilder, conta com dois grandes do cinema clássico em sua equipe, Audrey Hepburn e Gary Cooper.

Links para os outros posts do especial:

Assistam!
- Lucas

P.S.: Sobre o próximo filme, só uma dica: conhecem a canção "Nós Já Estamos Chegando Leo"?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

3 filmes dirigidos por Billy Wilder, começando por...

Eu sei que já faz um tempo que não posto, mas é que estou envolvido em uns projetos aí que se der tudo certo espero divulgar nesse blog.
Mas, para minha volta triunfal, vou fazer um especial de posts de um dos meus diretores preferidos: Billy Wilder

Billy Wilder (1906-2002) foi diretor de uma série de filmes que marcaram o cinema americano, entre eles Se Meu Apartamento Falasse, Quanto Mais Quente Melhor, O Pecado Mora ao Lado, Testemunha de Acusação e o meu preferido entre todos: Crepúsculo dos Deuses.
Apesar de não falar inglês quando chegara a Hollywood, ele aprendeu a língua e teve a ajuda de Peter Lorre para ingressar na indústria cinematográfica americana.Ele e Charles Brackett fizeram parceria em grande parte dos filmes e Pacto de Sangue é um deles.Mas após Crepúsculo dos Deuses, findou a parceria.
Após se aposentar em 1981, morreu em 2002, vítima de pneumonia, depois de passar por várias doenças, incluindo câncer.A morte de um gênio, que silenciou a todos os admiradores de cinema clássico, em choque e sem conseguir acreditar que haviam perdido alguém tão importante.

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Bem, agora, para o especial, decidi começar com Pacto de Sangue, um filme noir em sua forma mais definida e com uma história incrível e emocionante.

Tudo começa com um carro correndo pela avenidas de Los Angeles, para dele sair um abatido Walter Neff, indo diretamente para a Pacific All Risk (essa empresa é citada em A Montanha dos Sete Abutres também, mas quase sem importância.Acho que só quem viu um filme depois do outro percebeu) e com um objetivo: esclarecer para o chefe o caso de dupla indenização.

Tudo começou meses antes, quando Walter ia renovar o seguro do Sr. Dietrichson e no lugar do Sr. estava uma digna femme fatale, a Sra. Dietrichson.E ela, com todo o seu charme e a tornozeleira que deixou Walter hipnotizado fala para ele que quer um seguro para o marido, já que tem medo de que lhe aconteça algo no meio do trabalho.
Walter, sem ter sido enganado um minuto só, diz a ela que sabe que ela pretende matar o marido para conseguir indenização e arcar com a morte dele.Ela se sente insultada e pede para que ele se retire de sua casa.
Mas atraídos um pelo outro, eles voltam a se encontrar e ela revela suas verdadeiras intenções, dizendo que queria mesmo matar o marido e pede ajuda a Walter para que não falhe ao conseguir a indenização.

Mesmo sabendo que seu chefe é bastante perspicaz ao descobrir uma indenização falsa, ele a ajuda, apaixonado e pensando em plano que daria dupla indenização, o dobro do que ela pretendia receber.
E então, eles procedem com o plano, inteligente até nos mínimos detalhes e procedem perfeitamente.Assim que eles realizam o plano, estamos bem no meio do filme.Eu mesmo achei que a partir daí seria uma chatice só, mas quem acreditar nisso se engana como eu me enganei.
O filme não perde o ritmo em momento nenhum, ao contrário, se torna mais emocionante conforme o tempo passa e no fim, quando vemos o símbolo da Paramount aparecer na tela novamente, esse filme começou a configurar na lista dos melhores filmes que já vi.

Para os que gostam e não gostam de filmes clássicos, não deixem de conferir essa obra-prima noir, eu juro que não se arrependerão.

Links para os outros post do especial:

Bem, é isso, espero que tenham gostado e sobre o próximo post, só vou dizer uma coisa: será um filme com Audrey Hepburn.
Até o próximo!
- Lucas

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Décima Segunda Noite



Antes do especial sobre Billy Wilder (farei resenhas sobre três filmes dele), vou falar sobre o livro que andei lendo até ontem.
A Décima Segunda Noite é uma adaptação (com mais graça, é óbvio) da obra de Shakespeare, Noite de Reis.E Luís Fernando Veríssimo, outro autor brasileiro notável, faz essa adaptação com maestria e graça, onde coloca um papagaio como narrador e ao invés da ilha de Illyria, cria o salão homônimo, onde passam os personagens principais dessa história.
Henri, o papagaio que se diz descendente de uma lihagem nobre, é colorido de verde e amarelo para ser parte do ambiente brasileiro do salão e na qualidade de enfeite, escuta tudo e narra em um gravador, que segundo ele é o pavor de qualquer papagaio.
Tudo começa com Orsino e Olívia, dono do salão e cliente, respectivamente.Ele é apaixonado por ela, que recém perdeu o irmão, quando chega ao salão César, um moço que conquista todos com seu carisma.
Melhor dizendo, César é na verdade Violeta, travestida de moço com ajuda de Negra, grande amiga de Henri para conseguir um trabalho no salão.E ela estava perdida em Paris depois que o irmão gêmeo desapareceu no aeroporto Charles de Gaulle.
E aí vem uma história que envolve Antônio, irmão de Olívia e Sebastião, irmão de Violeta, em um roubo de jóias e "da santa que era santo".
E é claro que o caso das jóias é totalmente ofuscado pelas confusões causadas por todos e narradas com muito humor da parte de Henri.
Para quem gosta de uma boa trama com uma dose de humor, A Décima Segunda Noite é um prato cheio.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E o filme é...

Está na hora de revelar o filme misterioso e ele é... Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock!

A imagem que usei no post anterior é essa:


E mostra Madeleine antes de tentar se afogar na baía de São Francisco.

No filme, após essa parte, acontece o que é mostrado na foto:


Onde John, o detetive encarregado de segui-la a salva.

Então, vamos a minha resenha e depois eu comento sobre o filme.


Tudo começa quando John Ferguson, detetive, corria atrás de um ladrão com um colega da polícia.Mas sem se equilibrar direito saltando de um telhado para outro, ele fica preso na borda do telhado e presencia o amigo morrer tentando puxá-lo para cima.
Passado um tempo, encontramos esse mesmo John Ferguson na casa de uma amiga, Midge falando sobre um trabalho que ele pretendia aceitar para um antigo amigo e vemos uma prova de sua vertigem, quando ele sem querer olha pela janela.
Esse amigo, Gavin Elster, pede que John siga sua mulher, Madeleine, alegando que ela não está muito bem mentalmente, sempre aérea e indo muito longe sem se lembrar de nada.
No dia seguinte, John, encantado com a mulher de Gavin, só vista de longe a segue e presencia o mesmo que o marido falou.Ela vai até vários lugares e em um museu, em frente a um quadro com as mesmas flores e o modo de pentear o cabelo da mulher representada.


Pesquisando, John descobre que é Carlotta Valdes a representada no quadro, uma mulher que suicidou por causa da filha tirada de si.
E indo transmitir essa informação ao amigo, descobre que Gavi sabia de tudo, mas nunca contou para Madeleine por medo de que a vontade de se suicidar com 23 acontecesse nela como com Carlotta e sua mãe.
Então, John percebe que precisa tomar muito mais cuidado do que simplesmente seguí-la de longe, ele tem que começar a protegê-la.


E mais uma vez, nesse filme nada é o que parece.
Bem, o filme é incrível e Kim Novak e James Stewart dão um show de interpretação, há a maravilhosa direção de Hitchcock e uma aparição dele, como sempre.
Eu fiquei surpreendido com o final e mesmo com o segredo revelado não tão no fim, ainda assim perde a graça e você continua interessado no filme para ver o que vai acontecer.
Muita gente achou que o final era spoiler e tal, mas pra mim nem foi tão spoiler assim, já que é preciso ver o filme e conhecer o segredo para saber a relação para o final.E além disso, Corpo que Cai é um nome muito mais enigmático do que Vertigem (tradução correta para o título americano, Vertigo).

E uma curiosidade: O efeito mostrado quando John sente vertigem foi especialmente criado para esse filme, sendo chamado até de Vertigo effect e coloca o segundo plano como primeiro e o primeiro como segundo, dando sensação de vertigem.


Então... é isso, espero que tenham gostado e até o próximo post!
- Lucas

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Misterioso Caso de Styles


A jovem Agatha Christie, aos trinta anos, após ter trabalhado como enfermeira na Primeira Guerra Mundial, lançou seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles, em 1920.
Eu já sabia disso antes de lê-lo e tinha receio de que fosse ruim, tanto que nem queria ler.Após ter lido Assassinato no Campo de Golfe e não ter gostado muito, achei que talvez Agatha Christie jovem fosse entediante.
Mas estava completamente enganado.Ela mostra sua genialidade já no começo de carreira, com esse livro que é tão bom e intrigante quanto os mais novos.

O livro é narrado pelo Hastings, como acontece muito comumente e tem a participação de Poirot para desvendar o caso.Tudo começa em Styles, quando Emily Inglethorp, rica e recém casada com um homem muito mais jovem que ela, após uma briga com o marido é morta envenenada em seu próprio quarto durante a noite.Tudo aponta para o café que ela havia tomado estar contendo estricnina, mas quem será que pôs o veneno lá?

Essa sinopse é fácil de encontrar em qualquer lugar e eu gostaria muito de falar mais sobre o livro, mas para não estragar a surpresa, vou deixar por isso mesmo.Lembrem-se: nada é o que parece.Nada mesmo.

Já vou me despedindo e uma boa leitura aos que vão ler.Os que já leram, comentem!
- Lucas

P.s.: Para completar o ar de mistério, vou dar uma pista sobre o próximo post.


E aí, já descobriram sobre o que vai ser?

domingo, 12 de setembro de 2010

Conversa entre Hitchcock e Grace Kelly...

kkkkkk
Espero que tenham gostado!
- Lucas

sábado, 11 de setembro de 2010

O Desprezo


Antes de assistir O Desprezo, vi blogs falando: é um filme que te deixa meio confuso quando termina.
E depois de assistir, eu realmente estava confuso.Completamento confuso, sobre o fato de como pessoas podiam gostar daquele filme?É óbvio que não sou nenhum crítico de cinema e não entendi a intenção de Godard nesse filme, mas vamos ser sinceros.É um péssimo filme.
A únicas coisas que o salvaram foi Brigitte Bardot, linda do começo ao fim (com e sem roupa) e aparecendo em quase todas as cenas, e Fritz Lang em pessoa como ele mesmo.
E mais outra coisa, que havia esquecido, a única parte boa do filme todo.Onde após Camille se deitar no sofá só de toalha aparecem os pensamentos dos dois com imagens dela e cenas que mais tarde aparecerão no filme.Além disso, chato.

E como de praxe, vou fazer uma resenha bem rápida do filme, para o caso de alguém que goste desse tipo de filme talvez assista.E pra essa pessoa, gostaria de evidenciar uma coisa.Não estou dizendo para não assistir o filme, estou dizendo que não gostei e acho que mesmo sendo chato é bom assistir.Todo filme, mesmo ruim, traz um pouco de cultura.

A história é a seguinte: Um roteirista é contratado para escrever a Odisséia enquanto passa com sua esposa uma crise na relação, onde ela o despreza tanto a ponto de sentir nojo dele.

É isso aí, se assistiram não deixem de comentar!
- Lucas

Separação?!


Uma série nacional que tem me chamado bastante atenção ultimamente é Separação?! (sim, é com interrogação e exclamação no nome).Exibido toda sexta feira depois do Globo Repórter, faz parecer que há anos que não assisto uma série tão engraçada.
Escrito pelos mesmos roteiristas de Os Normais, Alexandre Machado e Fernanda Young, a série já rendeu muitas comparações, mas é muito melhor do que a outra, que nunca achei muito engraçada (tirando o filme, é claro).
Na verdade, comecei a gostar de Separação?! de verdade há pouco tempo.Eu via às vezes uns pedaços (lembro que o primeiro que vi foi quando a Karen ficou gritando que estava tendo um terremoto no meio da rua), mas nunca me interessei a ponto de ficar doido pra assistir.Até um dia em que a Karen e Anete começaram a se bater, os alunos achavam que era um teatrinho e as duas foram presas(história longa demais para explicar!) e comecei a ficar sentado na frente da Tv no meio do Globo Repórter só para não perder o horário.


A série conta a história de Karen e Agnaldo, ela professora primária e ele funcionário de uma corretora.De repente, parece que o amor acabou e os dois começam a brigar por causa de tudo.E com as brigas vêm as confusões, a cada dia mais engraçadas.


As partes da escolinha de Karen e as com Anete são as mais engraçadas, morro de rir em quase todas.Principalmente a de ontem, onde fiquei quase que o programa inteiro rindo.Se puderem ver de novo de outro modo que não na Globo, vejam, porque vale a pena.


Assistam, sexta feira, depois do Globo Repórter!
- Lucas

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Auto da Compadecida

Se eu tivesse que escolher entre o livro Auto da Compadecida e o filme Auto da Compadecida , acho que não conseguiria escolher.Eu vou tratar tanto do filme quanto do livro no blog, por isso é meio que um post duplo.É a primeira vez que leio o livro e já vi tantas vezes o filme que sei de cor.


Pra começar, o filme.Acho que já vi tantas vezes e gosto tanto que parece que nunca perde a graça.A história de um pobre que consegue enganar todos os ricos e ainda arranjar uma namorada rica para o amigo pobre era tão divertida que não havia como não gostar.
O filme muda bastante, principalmente a Rosinha, namorada de Chicó, que no livro não existe, assim como seus pretendentes.Em compensação, três personagens do livro são meio que suprimidos, mas sem fazer falta: O diabo (que difere do demônio), o frade e o sacristão.
E eu achei que essas mudanças foram tão bem feitas e tão bem relacionadas a obra que até parece que veio do livro.


E agora, o livro.É tão curto que pude ler muito rápido e achei incrível.É muito menor, com poucos casos, mas mesmo assim não perde a graça.É visível que o filme foi muito fiel, mesmo sendo uma peça de teatro e tendo um palhaço para apresentar toda a trama no começo dos atos.
E muito interessante, quase tudo, tanto o caso do gato que "descomia" dinheiro, do cavalo e outras coisas vieram de folhetos de cordel que o autor, Ariano Suassuna leu.
E ao contrário do que muitos pensam, ele não se apropriou de obra alheia, ao contrário, ele fez uma nova em cima de outra.Como Shakespeare fazia, já que várias peças vinham de histórias antigas ou eram sobre personalidades mortas há muitos anos.

Então, vou ficando por aqui e espero que tenham gostado da resenha desse livro incrível e, melhor ainda, nacional!
- Lucas

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dona Flor e Seus Dois Maridos


Para mim, uma grande pena era não conhecer tantos autores bons brasileiros quanto internacionais, não só um autor de um livro simples, alguém que tivesse história no Brasil.Assim como Agatha Christie na Inglaterra, que mesmo tendo os livros considerados como médios (consideração infundada!) é muito famosa pela engenhosidade de sua obras.
E foi meio de surpresa que eu peguei Dona Flor e Seus Dois Maridos, de Jorge Amado (agora um dos meus autores brasileiros preferidos, dividindo o título com Luís Fernando Veríssimo).Não me lembro como me lembrei disso, só sei que tive a idéia de ler no domingo e segunda feira lá estava eu, dentro da biblioteca para achar o livro.

E então, comecei a ler.Era um livro diferente, com o começo de alguns capítulos como se fossem músicas e receitas de Dona Flor antes de cada parte (se não me engano são três).E ao ir lendo a saga de Flor e Vadinho, a primeira esposa devotada e o segundo um viciado em jogatina e cheio de amantes, mas ainda assim bom marido, eu fiquei curioso.Como havia traduzido Dona Flor?
E vendo no site da Amazon, onde estava Dona Flor and Her Two Husbands, fiz mais, fui olhar dentro do livro.E ri ao ver as tentativas de traduzir palavras intraduzíveis no português, pensando em como Jorge Amado é nosso, de cada brasileiro e ninguém mais.Nenhum estrangeiro seria capaz de compreender as expressões em sua totalidade, mais uma prova de nossa cultura enorme em um país só.

Então, continuando, o livro começa com Vadinho morto em um domingo de carnaval, algo que ninguém esperava, já que aparentemente, ele tinha saúde para dar e vender, mas por dentro estava todo estragado pelos vícios.Aí começa a narrar a vida dos dois, começando pela noite em que se encontraram, onde ele se apresentou como milionário, sendo na verdade mais pobre do que a jovem Flor.A mãe, demônio em pessoa, após descobrir a armação, proibiu o encontro dos dois e ele fez para Flor a serenata mais bonita que toda a Bahia já viu.
Com essa prova de amor, Flor fugiu com Vadinho para a casa dos tios e para terem um motivo para se casarem, ele a possui (ou melhor, na própria linguagem dele, ambos vadiam) e os dois se casam.
Ela começa a viver uma vida complicada, com o marido viciado em jogo, mas ainda assim o ama, não consegue se livrar dele.Mostra o que o casal passou até chegar ao domingo fatídico, onde ela fica viúva.
E ela, cada vez mais necessitada de vadiar e sozinha, procura com a maior rapidez um marido e acha logo no Doutor Teodoro, respeitável farmacêutico, com o qual ela se casa.Ambos se amam e levam uma vida pacata, tediosa até e o tempo passa, com a vida cheia de regras dos dois.
Até que um dia, antes de se sucederem várias coisas misteriosas (mulheres beliscadas e apalpadas sem ninguém para fazer isso), Flor chega em casa e se deita na cama, sentindo uma presença chegar bem perto dela.Então, Vadinho se deita ao lado dela e pergunta se ela sentiu saudade.

E óbvio que o livro não termina aí, falta um bocado pra terminar, mas vou deixar vocês descobrirem o que acontece lendo o livro.É um livro ótimo e porque não ler um pouco de literatura brasileira que não seja tão antiga?

Espero que tenham gostado de um pouco de brasilidade nos posts!
- Lucas

P.S.: E esse não é o último, hoje mesmo vou começar a ler O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Escritores da Liberdade


Não sei muito bem o que me fez escolher esse filme para ver hoje, mas peguei para dar uma olhada e só de saber que a Hilary Swank estava nele me fez assistir.E só então eu fui ver que tinha escolhido um filme realista e incrivelmente bom.Não sei o que me pareceu diferente nessa história de alunos rebeldes que aprendem a viver com os professores, talvez fosse o fato de ser baseado em fatos reais, talvez o de aprofundar mais nas histórias de cada um, mexendo na ferida que a guerra de gangues de Los Angeles deixou em cada um.
Tudo começa com o diário de Eva, que desde jovem presenciava a violência de brancos contra negros e outras raças, tendo um amigo e um pai vítimas dessa violência.O primeiro havia morrido e o segundo estava preso.
Estudando em uma turma para os menos inteligentes, ela não dava a mínima para a escola, assim como toda sua turma, envolvida direta ou indiretamente com a guerra de gangues.

As histórias de todos se cruzam com a de Erin Grunwell, professora recém-formada e inocente, com um sorriso no rosto e a mínima idéia de como controlar a sala.E ela, resistente, continua lá, não tendo nenhum respeito pelos alunos.
Até o dia em que fazem uma caricatura de um aluno, por ter os lábios grandes e ser negro.Daí, ela se descontrola e conta sobre pessoas que exterminaram judeus e negros de países, começando assim, com caricaturas e estudos infundados tentando provar como eram inferiores aos brancos.
Por ser parecido com o que viviam, todos também discutiram, provando como suas vidas eram duras.Principalmente Eva, que havia acabado de presenciar um homicídio que o namorado havia cometido, mas sendo a única testemunha, acusara outro.Aí começa uma luta da professora para tentar mudar os alunos, fazê-los se interessar pela aula e conseguir ensinar.Ela também passa uma tarefa, que escrevam diários e se quiserem, deixem ela ler.A mudança é gradual e vai evoluindo até que ambos consigam se sentir uma família, diminuindo o preconceito, aumentando os horizontes.

E os alunos que achavam que nunca poderiam fazer nada importante, leem O Diário de Anne Frank e veem como uma garota quase da mesma idade deles conseguiu fazer algo importante, que o mundo todo se importaria.
Eles até conseguem chamar a senhora que acolheu os Frank em sua casa, provando que juntos poderiam fazer coisas que pareceriam impossíveis.

Bem, vou parar por aqui para não tirar a graça e dizer que é um filme que vale a pena ser visto e emocionante.Se puderem assistam, é um filme digno de nota.

E aqui embaixo é a foto da verdadeira turma dos Escritores da Liberdade, em 2006:


Espero que tenham gostado do post e se vão assistir ou assistiram comentem!
- Lucas

sábado, 4 de setembro de 2010

Estranha Passageira


Agora sim, esse é um filme verdadeiramente bom com Bette Davis, para o post 2 de 2 com os filmes dela.

Esse, por narrar uma história enorme, é um pouco cansativo, mas vale a pena ser visto inteiro.

Nesse, somos apresentados a uma família controlada por sua matriarca, mas com certeza, a mais controlada de todos é a temporã Charlotte Vale, a tia encalhada.
Sem nenhum controle por sua vida, ela se sente aprisionada pela casa e por sua mãe, definindo o que vive em uma frase, dita após pisar em um degrau que range: "Um dia cheguei em casa após a meia-noite e desde então, esse degrau nunca foi consertado."
Então, após passar um tempo em um "lugar de repouso" por causa das crises nervosas, ela decide viajar para outro país, tentando se distanciar da presença constante da mãe.

E é aí que surge outra Charlotte Vale, sendo quase impossível de acreditar como ela era antes sob constante controle.E após chegar de navio ao Brasil, confundida com uma amiga francesa, ela conhece um homem e ambos se apaixonam.

Após descobrir que ele é casado, ambos se distanciam e ela volta para sua antiga casa, onde reside a mãe doente, mas ainda odiosa.Ela se recusa a ser controlada pela mãe e faz uma festa em casa, acendendo a lareira, o que era antes proibido.

Passados alguns dias, acontece um acidente, pelo qual Charlotte se sente culpada e a mãe morre.Ela volta para o "local de repouso" e lá conhece uma garota, também temporã e rejeitada pela família.Ambas se tornam amigas e então, Charlotte descobre o inesperado.


Obviamente, esse eu vou deixar para vocês descobrirem por si mesmos...Podem assistir, eu recomendo o filme e tenho certeza de que não vão se arrepender.

Espero que tenham gostado dos dois posts de hoje!
- Lucas

Link para o post com outro filme:

Uma Vida Roubada: http://docnm.blogspot.com/2010/09/uma-vida-roubada.html

Uma Vida Roubada


Já foram Agatha Christie e Audrey Hepburn.Agora, para finalizar esse fim de semana com mais de um post sobre uma pessoa, é a vez de Bette Davis.

E nesse post 1 de 2 vou falar sobre Uma Vida Roubada, que é um dos piores com ela que já vi.

Terrivelmente chato, esse filme narra a história de duas irmãs gêmeas, a boa e a má.A boa, Kate chega em uma ilha e logo conquista um rapaz, mas depois da chegada da má, Patricia, ele mal tem olhos para Kate.
Patricia se casa com ele e Kate se torna uma pintora introvertida, trabalhando com um rapaz irritante, mas ótimo artista.E passado algum tempo, uma vai visitar a outra e elas decidem velejar.É chegado o tão esperado momento do acidente citado na sinopse, pensei eu, achando que a partir daí o filme só melhoraria.
Que nada.Depois da morte de Patricia, Kate toma sua lugar e se sente meio perdida na casa onde a irmã vivia e daí para o final sem graça.

Acho Bette Davis incrível e seus filmes mais ainda, mas esse pecou em chatice.Quase não aguentei ver até o fim.

Eu sei, não foi um post legal, mas não desanimem, Bette Davis faz outros filmes que são ótimos!
- Lucas

Link para o post com o outro filme:

Estranha Passageira: http://docnm.blogspot.com/2010/09/estranha-passageira.html

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quando Paris Alucina


Agora estou de volta para terminar, já que esse é o post 3 de 3 dos filmes com Audrey Hepburn.

Nunca tinha escutado falar sobre Quando Paris Alucina e para falar a verdade assisti sem saber quase nada dele, mas quando fui assistir, vi que tinha escolhido um filme incrível.
Esse também é um dos mais engraçados, provavelmente o mais engraçado que já vi com Audrey Hepburn.
Tudo começa em um resort de férias onde dois executivos falam sobre um roteirista que está preparando o roteiro de um novo filme para a produtora deles.Mal eles imaginam que esse roteirista acaba de contratar uma datilógrafa para ditar o roteiro.Mas, é claro, há mais dois detalhes importantes:
1)Faltam dois dias para a entrega
2)Não há uma página de roteiro escrita


E aí ele apresenta sua história, nomeada de "A Garota que Roubou a Torre Eiffel" e com todo o desenrolar da trama em sua cabeça.E ela, fascinada, começa a datilografar a história, às vezes ajudando-o a escrever.E enquanto eles escrevem no apartamento, o filme imaginado passa, com ilustres participações de Marlene Dietrich e Tony Curtis.E nos dois lugares, predomina o humor.
A história começa com um jantar romântico com história de espiões e muda novamente e novamente, enquanto o filme é escrito.
Ri demais com a parte dos espiões no restaurante, a do Drácula e quando eles vão ao estúdio, jogar Parcheesi e ir até a festa, sem contar todos os outros momentos, engraçados, mas não tanto quanto esses.

Conclusão: Um romance muito comédia, indico a qualquer um que goste de assistir um bom filme.
Espero que tenham gostado desse especial com filmes da Audrey Hepburn!

"Tome nota.Para o guia que algum dia eu vou escrever sobre a arte de fazer um roteiro: nunca jogue 13, 31 e nos cantos por um considerável período de tempo com uma considerável quantidade de dinheiro.Não funciona."
- Lucas

Links para os outros 2 filmes:

A Princesa e o Plebeu: http://docnm.blogspot.com/2010/09/princesa-e-o-plebeu.html

Como Roubar Um Milhão de Dólares: http://docnm.blogspot.com/2010/09/como-roubar-um-milhao-de-dolares.html

Como Roubar Um Milhão de Dólares


Acho que dá tempo de fazer mais um post, então aqui vai o filme com Audrey Hepburn 2 de 3.

Esse sim uma comédia romântica memorável, Como Roubar Um Milhão de Dólares começa com Nicole Bonnet andando de carro em Paris, até que escuta sobre um leilão no rádio e corre até sua casa.Chegando lá, encontra com seu pai, que descobrimos ser falsificador de obras de arte e que mesmo sendo alertado sobre os perigos disso por Nicole, continua a falsificar quadros.

E preocupada quando o pai cede uma escultura falsa para um curador exibir em seu museu, ela encontra um ladrão que planejava roubar um Van Gogh (falso) de sua casa e os dois trocam um beijo quando ele vai embora, após a promessa dela de não contar nada se ele deixar o quadro onde está, pelo medo da polícia verificar o quadro.

Passados alguns dias, o pai assina o seguro da obra de arte, sem saber que por isso, eles verificariam, podendo descobrir que era falsa e Nicole contata o ladrão para pedir ajuda e roubar a obra de arte do museu.

E daí se segue um plano mirabolante até demais, mas muito divertido.Em minha opinião, um dos filmes mais engraçados com a Audrey, me fazendo rir do começo ao fim.

Espero que tenham gostado do post!
- Lucas

Links para os outros dois filmes:

A Princesa e o Plebeu: http://docnm.blogspot.com/2010/09/princesa-e-o-plebeu.html

Quando Paris Alucina: http://docnm.blogspot.com/2010/09/quando-paris-alucina.html

Especial Audrey Hepburn, começando por A Princesa e o Plebeu


Depois de fazer posts seguidos sobre Agatha Christie, agora é a vez de Audrey Hepburn.Esse é o post 1 de 3 com alguns de seus filmes.

Tudo começa com a princesa Ann, já cansada de tantas tarefas reais fugindo de onde fica em Roma, na esperança de viver a vida, longe de todos os luxos.Assim, sua vida é cruzada com a de um jornalista, que após encontrá-la sob o efeito da droga que havia tomado para se acalmar antes de fugir de casa a leva para o apartamento onde vive.

Lá, após sair para o trabalho, ele descobre que ela é uma princesa e chama um amigo fotógrafo para ir tirando fotos deles enquanto a leva para ver Roma.E no meio disso tudo, os dois se apaixonam e ele não quer se aproveitar dela, enquanto ela não sabe como contar a ele que é uma princesa.
Filmes com Audrey Hepburn para mim sempre representaram romances divertidos e que ficam na memória, e com essa intenção fui assistir A Princesa e o Plebeu.Mas dessa vez, achei o filme bobo demais.Não sei realmente o que me agradou, pois achei até engraçado, mas pecou pelo meio um pouco chatinho e o fim sem-graça.
Acho que pode até conquistar os mais românticos e que apreciam comédias românticas bobinhas, então, se você for esse tipo de pessoa, com certeza vai gostar.

- Lucas

Links para os outros 2 filmes:

Como Roubar Um Milhão de Dólares: http://docnm.blogspot.com/2010/09/como-roubar-um-milhao-de-dolares.html

Quando Paris Alucina: http://docnm.blogspot.com/2010/09/quando-paris-alucina.html