sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Auto da Compadecida

Se eu tivesse que escolher entre o livro Auto da Compadecida e o filme Auto da Compadecida , acho que não conseguiria escolher.Eu vou tratar tanto do filme quanto do livro no blog, por isso é meio que um post duplo.É a primeira vez que leio o livro e já vi tantas vezes o filme que sei de cor.


Pra começar, o filme.Acho que já vi tantas vezes e gosto tanto que parece que nunca perde a graça.A história de um pobre que consegue enganar todos os ricos e ainda arranjar uma namorada rica para o amigo pobre era tão divertida que não havia como não gostar.
O filme muda bastante, principalmente a Rosinha, namorada de Chicó, que no livro não existe, assim como seus pretendentes.Em compensação, três personagens do livro são meio que suprimidos, mas sem fazer falta: O diabo (que difere do demônio), o frade e o sacristão.
E eu achei que essas mudanças foram tão bem feitas e tão bem relacionadas a obra que até parece que veio do livro.


E agora, o livro.É tão curto que pude ler muito rápido e achei incrível.É muito menor, com poucos casos, mas mesmo assim não perde a graça.É visível que o filme foi muito fiel, mesmo sendo uma peça de teatro e tendo um palhaço para apresentar toda a trama no começo dos atos.
E muito interessante, quase tudo, tanto o caso do gato que "descomia" dinheiro, do cavalo e outras coisas vieram de folhetos de cordel que o autor, Ariano Suassuna leu.
E ao contrário do que muitos pensam, ele não se apropriou de obra alheia, ao contrário, ele fez uma nova em cima de outra.Como Shakespeare fazia, já que várias peças vinham de histórias antigas ou eram sobre personalidades mortas há muitos anos.

Então, vou ficando por aqui e espero que tenham gostado da resenha desse livro incrível e, melhor ainda, nacional!
- Lucas

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