segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A Noiva Estava de Preto


Ainda nessa vida mansa de acordar tarde e desfrutar de um dia inteiro livre, vi A Noiva Estava de Preto, de François Truffaut, pelo simples fato de ter lido sobre ele em uma revista há alguns anos atrás,Só de ver a capa e lembrar a reportagem, pensei: é esse.
Não que eu não goste de filmes franceses, só estranho um pouco a língua quando vejo um filme legendado, mas nesse, estava tão apaixonado pelo filme que nem me incomodou muito.

Tudo começa com Julie, uma viúva, vendo fotos e falhando em uma tentativa de assassinato, sai da cidade e entra em um trem.Mas atravessando o outro lado, sai dele, mostrando que o lugar para onde ia era outro.
Então, ela aparece toda de branco na porta de um prédio e sem permissão para ir até o apartamento do homem que procura, vai embora, para voltar na festa de noivado do dono do apartamento com o mesmo vestido branco de festa.Interrogada por ele, loga sua encharpe no canto da janela e diz que se ele a pegar ela responde quem é.Ele se dependura na varanda e recebendo a resposta "Je suis Julie Kohler" (Eu sou Julie Kohler), é empurrado por ela, morrendo.
A partir daí, o filme provocou um certo choque em mim.Fiquei surpreso com a morte, sem nenhum sangue (como as outras quatro) e sem saber direito o que sentia por Julie Kohler.
E depois de fugir, Julie é mostrada em um avião, riscando uma lista (bem parecido com Kill Bill, apesar de Tarantino jurar nunca ter visto esse filme) e indo em direção ao segundo a ser assassinado.


Então, matando um segundo homem, Julie se mostra tão simpática que começo a sentir afeição pela mesma e enquanto o homem agoniza com o veneno que ela colocou no vinho, é revelado mais um pedaço da história de Julie.
Saindo da igreja após o casamento, seu noivo foi baleado e agora ela queria justiça, matando também os cinco homens responsáveis pelo crime.Ainda paira uma dúvida no ar, o porque dele ter sido morto.O filme é todo assim, feito de descobertas sobre Julie, seu noivo e o porque do casamento, mas tudo só é melhor explicado na terceira morte.


Mais engenhosa que as primeiras, Julie vai até a casa do terceiro da lista, como se fosse a professora de seu filho pequeno, dizendo que a esposa (viajando por causa de um telegrama falso enviado pela viúva) a havia chamado.
E o prendendo no armário sem ar é revelado o motivo de seu noivo ter sido morto.
Em um flashback, são mostrado cinco conhecidos que jogavam cartas, sendo os mesmos que foram e os que seriam assassinados.E em uma brincadeira inconsequente, é acertado sem querer seu noivo e com os cinco fugindo, nenhum foi julgado pela justiça.E salvando a professora a qual usou o nome com uma ligação anônima para a polícia, Julie mostra que apesar de assassina, ainda era boa.


Na quarta morte já é uma Julie mais humana, com um pouco de receio em matar, mas não vou contar o que acontece para não perder a graça.
E com um desfecho mais do que incrível, A Noiva Estava de Preto me encantou, sendo um dos poucos filmes franceses que gostei.

Espero que vejam esse maravilhoso filme de François Truffaut!
- Lucas

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